terça-feira, 15 de maio de 2012

Demanda maior faz seguro-fiança crescer 25%

O Tempo | Economia | MG Demanda maior faz seguro-fiança crescer 25% O aumento das exigências das imobiliárias que, em alguns casos, chegam a pedir que cada fiador tenha dois imóveis quitados, tem feito a demanda por seguro-fiança crescer. No ano passado, o produto movimentou R$ 239,4 milhões, 25% a mais em relação ao ano anterior, de acordo com dados da Superintendência de Seguros Privados (Susep). Segundo corretores e imobiliárias, o volume de pessoas que pagam ao invés de arrumar um fiador gira entre 15% a 20% das locações. De acordo com o presidente da comissão de direito imobiliário da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MG), Kênio Pereira, o seguro-fiança varia entre 1,5 até 3 vezes o valor do aluguel, mais os encargos. Isso significa que, em um ano de contrato, o inquilino vai pagar no mínimo 14 meses de aluguel. Ele explica que as imobiliárias são livres para traçar suas exigências, mas existe um padrão no Brasil que é um fiador com imóvel pago e outro com renda acima de três vezes o valor do aluguel. "Exigir dois imóveis de um único fiador é demais e pode prejudicar a locação", destaca Pereira. Na Lar Imóveis, a adesão ao seguro-fiança cresceu 12% em relação ao ano passado e, de acordo com a gerente de locação Luciana Cristina, cerca de 40% dos contratos já são nessa modalidade. "É muito mais rápido, porque a pessoa apresenta a documentação, o extrato bancário e a seguradora consegue aprovar em 24 horas", diz. Na Porto Seguro, líder de mercado nesse ramo, o crescimento foi de 17% em 2011. Segundo o diretor do Porto Seguro Aluguel, Edson Frizzarim, além da garantia financeira, a apólice também oferece coberturas para encargos como IPTU e despesas de condomínio, serviços emergenciais 24 horas, de chaveiro, conserto de eletrodomésticos e a possibilidade de parcelar o valor do seguro. "Esses são alguns dos atrativos que explicam a crescente preferência pelo seguro-fiança como garantia locatícia", explica Frizzarim, ressaltando ainda a questão do constrangimento de pedir um favor. O superintendente de seguros tradicionais do Grupo Segurador Banco do Brasil e Mapfre, Danilo Silveira, confirma o aumento da procura. "Muita gente não tem como conseguir um fiador e, em relação ao depósito caução, o seguro-fiança é mais vantajoso porque cobre danos aos imóveis", afirma. Silveira acredita que, com o aumento da procura, a tendência é de queda no preço. "O crescimento da demanda vai propiciar preços mais competitivos", destaca o superintendente. O seguro-fiança é como um outro seguro qualquer, não há reembolso ao fim do contrato. Mas, diante do aumento da demanda, uma modalidade está em alta: um título de capitalização específico para aluguel. Segundo a diretora comercial da Triunfo BrasilInsurance, Carmem Ribeiro, a opção funciona como um investimento. "O inquilino faz um título em nome da imobiliária, no valor de 12 ou 15 meses de aluguel, faz o depósito e, ao fim do prazo, pode resgatar o valor integral, corrigido pela TR", explica. De acordo com Carmem, cada perfil de cliente tem uma demanda específica e o título de capitalização tem sido mais procurado por quem, por exemplo, não quer comprar um imóvel em determinada cidade e não tem a quem recorrer para pedir fiador. "A pessoa pode, inclusive, fazer um empréstimo em um banco para fazer o título que só será resgatado mediante autorização da imobiliária, já que é a garantia dela". A Sul América foi pioneira com esse produto, que já começa a ter concorrentes. É o caso da Brasilcap, que lançou recentemente o Cap Fiador de 15 ou 30 meses. Durante o prazo de vigência, o inquilino ainda concorre a prêmios. (QA)

Um comentário:

Antony disse...

Silvestre & Silvestre: Corretora de Seguros Especializada em garantias locatícias: Seguro Fiança, Caução em Títulos e Seguro Imobiliária.